Na minha família como um todo, as mulheres são maioria. Nos apoiamos, consolamos, ouvimos e rimos uma com a outra. As mulheres com as quais moro me inspiram com a dedicação que investiram para ocupar espaços no meio acadêmico, cada uma de um modo, em uma área e uma fase da vida diferentes. Atenciosas, éticas e empáticas, marcam presença por onde passam, e me orgulham.
Minhas amigas mulheres são especiais, cada uma firmando sua parceria comigo de uma forma. Com algumas eu gargalho sem fim, com outras desabafo sobre o que sinto pesar; algumas amigas me fazem repensar sobre tópicos decisivos da minha vida, outras me fazem sentir mais viva ao falarem comigo sobre suas vivências.
Em todas as minhas experiências profissionais até hoje, eu fui diretamente liderada por mulheres. Algumas se doavam à construção de carreiras em empresas; outras, empreendedoras, autogeriam-se de forma admirável. Tive chefes sonhadoras, que tinham como plano principal desbravar o mundo e abraçar as oportunidades que surgissem. Também tive outras objetivas, que traçavam um futuro profissional com precisão.
Quantas professoras mulheres me ensinaram tanto, da educação infantil à faculdade. Algumas, meticulosas, organizavam as aulas nos pormenores; outras, ousadas, investiam a experiência adquirida em improvisos acertados que rendiam aos alunos belas reflexões. A algumas delas, já pedi conselhos e orientações sobre meu futuro acadêmico e profissional; com outras, já bati papos descontraídas.
É com essas mulheres — e também com muitas outras, que não cabem nessas linhas — que aprendi e aprendo que minhas vontades devem livrar-se de amarras, minhas escolhas, de enquadramentos, e meus sonhos, de limitações. E a elas agradeço por, de uma forma ou de outra, me fazerem sentir mais forte.