Era dia 27 de janeiro, uma sexta. Curtindo minha própria companhia no aconchego da minha casa, de repente me toquei que fazia umas boas semanas que não ia ao teatro. Pior ainda, fazia anos que não ia a um dos teatros mais próximos de mim, o Ziembinski.
Diante dessa situação vergonhosa, me vi na obrigação de fazer uma visitinha à casa, que já foi palco – literalmente – de momentos divertidíssimos da minha infância. Ao checar a programação do lugar, esbarrei com algo que não esperava: um festival de música – que, tendo começado dia 25, iria até dia 29.
O site que utilizei não forneceu muitos detalhes sobre o evento. Mesmo que fornecesse, eu iria ignorar – sempre troco as informações prévias pela surpresa do momento. O que fiz, portanto, foi acionar minha irmã e uma amiga, num convite para matar a saudade do querido Ziembinski.
Ao chegarmos, qual não foi nossa surpresa! O local é uma graça! Com certeza minha memória falha impediu que eu me lembrasse de itens que provavelmente já estão lá desde que eu era criança. Algumas coisas, no entanto, estão mudadas, e o nítido zelo com que o Zimba – olha a intimidade – está sendo gerido me impressionou!
O festival já começou de arrasar. O abrir das cortinas revelou uma fanfarra fantástica de mulheres, que fez a plateia toda querer dançar. E aí, deu-se uma sequência de apresentações incríveis, cada uma à sua maneira: diversidade e talento jorravam do palco. Era gente de diversas faixas etárias, etnias e classes sociais fazendo shows que iam do rock à MPB.
A maioria das/os cantoras/es e bandas que tive o deleite de conhecer nesse dia compõem agora minha playlist diária! Até porque eu olho com carinho especial para o que a gente tem aqui, em terras brasileiras, né?

O evento, em sua primeira edição, teve realização da Residência Artística Opsis Soluções Culturais, contou com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura e apoio da Água Mineral Donna Natureza. Foram distribuídos troféus e prêmios em dinheiro às/aos vencedoras/es das diversas categorias, entre elas “melhor banda” e “melhor canção original”.
Ano que vem tem mais – eu espero! Não vou perder por nada e vou convidar ainda mais gente pra me acompanhar. Fomentar música boa, nacional e independente não tem preço! Ah, pera, tem sim: dez reais a meia.
Fonte de consulta e imagens: página do Teatro Municipal Ziembinski no Facebook (https://www.facebook.com/TeatroMunicipalZiembinski/).